segunda-feira, março 22, 2010

CICLONE



        

      
   Um ciclone fora do normal tirou um fino da região Sul do Brasil na semana passada. O furacão foi flagrado por dois satélites da Nasa. Batizado de Tempestade Tropical 90Q (Tropical Storm 90Q), é o segundo ciclone do qual se tem conhecimento, desde que esse monitoramento existe. 

Ele passou ao largo da costa, na altura de Porto Alegre, e se dispersou no oceano entre os dias 10 e 12 de março. A imagem acima foi feita por um dos satélites, no dia 10.

Foi pura sorte o furacão não ter atingido a costa do Brasil. O primeiro desses furacões foi o Catarina, que atingiu Santa Catarina em 2004, com efeitos mais destrutivos.


A ocorrência desse tipo de fenômeno no Atlântico Sul é considerada bizarra pelos climatologistas. Não se imaginava que furacões pudessem surgir por aqui. Mas, desde o Catarina, o Brasil passou a entrar na rota de possíveis furacões. Isso é visto como um dos piores efeitos do aquecimento global. O aumento na temperatura média do oceano, causado pelas mudanças climáticas, está ligado ao surgimento dos furacões em nossas águas.

Esse perigo é tão novo que não estamos preparados para lidar com isso. A começar pelo sistema de alerta. O Laboratório de Pesquisas Navais, dos EUA, que monitora os sistemas atmosféricos do Atlântico, identificou o ciclone, mas não emitiu sinal de alerta porque nossa região não é coberta pelo centro de meteorologia deles. Pelo simples motivo que ciclones (ou furacões) não costumam (ou não costumavam) frequentar essa área. Talvez seja hora de rever esses sistemas de alerta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela sua colaboração.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.