quarta-feira, março 26, 2025

USINA CANDIOTA III NO RS


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 A Usina Termelétrica de Candiota III abriga a maior mina de carvão mineral a céu aberto do Brasil, com reservas estimadas em 1 bilhão de toneladas, e encerrou seus contratos de comercialização de energia com a Agência Nacional de Energia Elétrica do governo federal no final do ano passado. 

Desde que foi desligada em  1⁰ de janeiro, os responsáveis aproveitaram para fazer uma manutenção na estrutura, esperando a retomada da produção, mas uma data que ainda segue sem previsão de retorno. Situada no município de Candiota no estado do Rio Grande do Sul,  a empresa é pertencente à  Âmbar Energia. 

A região que é mais conhecida como a capital nacional do carvão por ser uma empresa movida por trabalhos com carvão mineral teve sua construção iniciada pela Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil, no ano de 2006, com término no ano de 2010, mas só começou a funcionar em 2011. Em 2023, ela foi vendida ao Complexo Termelétrico de Candiota para a Âmbar Energia. Recentemente, a usina foi desativada, após terminar o contrato para a venda de energia com o governo.



Para não ficar totalmente desativada a Companhia Riograndense de Mineração prorrogou o contrato de fornecimento de carvão para a usina de Candiota III até 29 de abril de 2025, mesmo assim é uma situação que deixa toda a cadeia produtiva insegura. A prorrogação foi uma medida emergencial, enquanto se aguarda a definição do futuro da usina.

 Também foi apresentada em Brasília uma emenda que incluiu em um projeto de lei aprovado pelo Congresso ampliar a validade do termo até 2050, porém a medida foi vetada pelo governo. Agora, a decisão está nas mãos dos deputados e senadores, que podem aceitar ou derrubar o veto.

A arrecadação do município de Candiota, no Rio Grande do Sul, depende entre 70% e 80% das mineradoras e usinas termelétricas. Nos últimos anos, a cidade vive um clima de incerteza por conta da pressão global de poluição, incluindo o Brasil, que se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2030. O país também já se comprometeu a zerar até 2050 suas emissões líquidas, como é chamado o saldo entre o que é emitido e o que é reabsorvido pela natureza.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo precisa abandonar seu vício em combustíveis fósseis, começando com o carvão mineral, se quiser limitar o aumento da temperatura global em 1,5 °C, em relação aos níveis pré-industriais, até 2100, estabelecido pelo Acordo de Paris.




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