sexta-feira, maio 23, 2025

BRINCADEIRA OU LOUCURA DOS BEBÊS REBORN


Recentemente, um fenômeno intrigante tem sido amplamente discutido nas redes sociais as bonecas hiper-realistas, também chamadas de bebês reborn. 

A origem desses objetos remonta à década de 1990, com convenções, encontros ao vivo pela internet, fóruns, e até mesmo competições.

As bonecas são comumente adquiridas por colecionadores adultos ou por pessoas que desejam ter um bebê realista. Eles se identificam como mães ou pais imaginário e compartilham imagens curiosas nas redes sociais como: simulações de nascimento, visitas a hospitais sob a justificativa de que os bonecos estão enfermos. 


Estes brinquedos que simulam os bebês de verdade estão ressurgindo em destaque e provocando polêmica nas redes sociais. Relatos de noites de insônia por causa do choro da boneca, matrimônios e até pedidos de guarda compartilhada envolvendo seus filhos.

Recentemente a Rede CNN Brasil publicou uma matéria que conta de uma polêmica sobre o assunto  em Goiânia. Segundo a CNN uma circunstância incomum atraiu a atenção da comunidade jurídica e causou impacto nas redes sociais: um casal pretendia brigar na Justiça pela custódia de uma boneca do tipo "bebê reborn", um modelo altamente realista que simula a aparência de recém-nascidos. A advogada Suzana Ferreira confinou o caso, dizendo que foi contatada por um dos lados envolvidos e relatou o incidente em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Nas plataformas de mídia social, os usuários começaram a compartilhar suas rotinas com bebês reborn, que geralmente possuem nomes e até mesmo documentos. Os relatos imitam comportamentos de bebês autênticos, incluindo episódios de choro e de nutrição por meio de mamadeira, além da busca por assistência médica.

De acordo com a psicóloga Magda Tartarotti, em entrevista a revista Cláudia, o ato de brincar estimula o imaginário, não sendo esse um espaço exclusivo para os pequenos. Ocorre que a imaginação é crucial para refletirmos sobre o futuro e criarmos as realidades possíveis e almejadas. 

Outro aspecto relevante é que os objetos ligam indivíduos e formam grupos de socialização, além de atuarem, de certa maneira, como uma representação de nós mesmos. "Tenho conhecimento de muitas mulheres que ainda conservam suas bonecas, pois através delas partilhavam seus afetos, segredos e emoções."


PROJETO


A questão é tão séria que no Brasil foram apresentados três projetos de lei para estabelecer limitações aos bebês reborn, também chamados de bonecos ultrarrealistas. O objetivo é proibir o atendimento em hospitais públicos e privados, filas preferenciais, entre outras vantagens.

Um dos textos, proposto pelo deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL) de Minas Gerais, visa proibir as simulações de atendimento hospitalar.

Por outro lado, a sugestão do deputado Zacharias Calil (União Brasil-GO) pretende classificar como infração administrativa o uso desse tipo de boneco ou de qualquer outro objeto ou artifício que represente a presença de uma criança de colo, para obter ou aproveitar os benefícios.

O objetivo do projeto é aplicar uma penalidade de multa para a infração, cujo montante pode oscilar entre cinco e 20 salários mínimos - com a possibilidade de duplicação do valor em caso de reincidência. As verbas provenientes de multas devem ser destinadas a fundos destinados à primeira infância.

NA IGREJA

Recentemente, na Bahia, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, localizada no Centro Histórico de Salvador, causou polêmica sem precedentes nas redes sociais ao publicar uma mensagem que, antes de cheguem à instituição, alerta que não realiza batismos nem atendimento religioso para bonecas reborn, réplicas hiper-realistas de bebês.

A instituição religiosa não forneceu dados específicos, mas disse que os sacramentos devem ser tratados de forma cautelosa. A nota informa que os sacramentos da igreja são atos sagrados e devem ser tratados com o devido cuidado. 



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