A indígena A-yá Kukamíria, pertencente ao povo Kokama, iniciou o projeto "Saberes Ancestrais", que tem objetivo de promover a troca e a difusão de saberes acerca da medicina indígena.
O encontro ocorreu nos dias 7 e 8 de junho, na Aldeia Inhaã-bé, situada às margens do lago Tarumã-Açu, em Manaus.
A proposta do evento foi de promover a troca e a difusão de saberes acerca da medicina indígena entre os pajés que atuam na região metropolitana da cidade de Manaus, a indígena e pajé A-yá Kukamíria, pertencente ao povo Kokama.
O acontecimento que ocorreu por meio do edital Povo Indígena, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, conforme as regras da Política Nacional de Fomento à Cultura associada à Lei Aldir Blanc visa não apenas disseminar conhecimentos, mas também valorizar e resguardar as práticas tradicionais que integram a vasta cultura indígena.
Em formato de workshop, a reunião abrangia apresentação de receitas, canções, preparações de banhos, chás e rezas, além das preparações aos quais serão, posteriormente, disseminados nos territórios indígenas dos pajés envolvidos no trabalho, com o intuito de fortalecer os conhecimentos medicinais.
CULTURA MEDICINAL
A medicina indígena, frequentemente designada como medicina tradicional indígena ou medicina ancestral, diz respeito ao conjunto de saberes, práticas e crenças vinculadas à saúde e à cura, que são passados de geração em geração pelos povos indígenas. Trata-se de um sistema de assistência à saúde fundamentado na sabedoria tradicional, na natureza e nas particularidades culturais de cada comunidade indígena.
No começo deste ano, foi divulgada uma Portaria do Ministério da Saúde, veiculada na edição do Diário Oficial da União (DOU) que institui, no âmbito da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), um grupo responsável por formular uma proposta para a possível criação de um programa nacional que contemple a utilização da medicina indígena no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (Sasi-SUS).
A Portaria nº 8, da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), assinada pelo secretário nacional Ricardo Weibe Tapeba, determina que o denominado Grupo de Trabalho de Medicinas Indígenas exercerá uma função consultiva.
Formado por membros de setores técnicos da própria Sesai, o grupo de trabalho poderá solicitar a participação de especialistas de outras instituições e entidades, tanto públicas quanto privadas, além de representantes de organizações não governamentais (ONGs) e de governos estrangeiros, para participar de reuniões e contribuir com a elaboração da proposta do Programa em Medicinas Indígenas.
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