O Ministério Público da Bahia solicitou a conservação de uma área de escavações para o maior cemitério de escravizados da América Latina.
O local, situado em Salvador, foi encontrado após escavações no estacionamento da Pupileira, área pertencente à Santa Casa de Misericórdia da capital baiana.
As escavações começaram no início do mês de maio, assinalando o aniversário de 190 anos da morte de mártires da Revolta dos Malês, que ocorreu em Salvador, em 1835. Além disso, é o mês da abolição da escravidão.
Foram encontrados mais de 100 mil corpos de vítimas da escravidão e de indivíduos que viviam em situação de exclusão social na região.
O cemitério teria sido utilizado entre os séculos XVIII e XIX, como um local para o sepultamento dos mortos, incluindo aqueles que viviam na marginalidade social, como pobres, indigentes, não-batizados, excomungados, suicidas, prostitutas, criminosos e rebeldes.
O Ministério Público entrou em contato com a Santa Casa para que a área de escavações não seja mais utilizada e preservada.
Os pesquisadores e representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional estão atentos à descoberta devido à fragilidade e valor histórico dos ossos, que serão utilizados em estudos futuros.
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