São Paulo expõe ao público os 40 anos de produção de fotografia feita pelos olhos e lentes femininas.
Com o tema, a exposição Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará visa destacar paisagens inéditas traçadas em um panorama de imagens feitas por mulheres amazônicas, apresentando ao público pluralidade do Pará capturada por meio das lentes de 11 fotógrafas da região.
Com mais de 160 obras, a exibição está em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo.
A mostra traz artistas de duas gerações de mulheres reunidas, pela primeira vez, em exposição coletiva, com presença de representantes de mais de quarenta anos de produção fotográfica da região Norte do Brasil.
As fotografias, que são artísticas e contemporâneas, traçam a exploração desde a espiritualidade e a resistência cultural até as realidades urbanas e rurais do estado do Pará.
O evento, que começou em 8 de março, fica em cartaz em São Paulo, até 5 de maio, seguida, com a mostra, para Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro.
A visita ao local oferece uma experiência imersiva, com fotos em Realidade Aumentada, filmes e até uma instalação aromática que traz os cheiros da Amazônia.
O sucesso da Exposição Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará inspirou atividades do programa Centro Cultural Banco do Brasil Educativo, que preparou para o mês de março uma série de atividades gratuitas, visando proporcionar, sobretudo para as crianças e suas famílias, opções lúdicas e divertidas.
A programação traz como destaque ação cênico-musical, Sensorial Estúdio, oficinas, mediação de leitura, contação de histórias, dentre outras atividades.
FOTÓGRAFAS
Bárbara Freire: Une fotografia urbana e poética, destacando a relação entre narrativas fotográficas, audiovisuais e documentais em suas imagens, que ora estão no experimental, ora no registro da diversidade visual do Pará.
Cláudia Leão: Especialista em fotografia experimental, lança mão de processos alquímicos de fotografia, interligando elementos diversos aos processos de revelação de negativos fotográficos e composição física de obras.
Deia Lima: sua obra ressignifica a imagem das mulheres e apresenta a identidade visual regional na era digital.
Evna Moura: Explora a fotografia experimental, direta e performática, utilizando processos analógicos e digitais para criar imagens que dialogam com a ancestralidade, a espiritualidade afro-amazônica e o meio ambiente urbano amazônico, além de registrar personalidades LGBTQIAP+ regionais.
Jacy Santos: influenciada pela fotografia documental regional, suas imagens retratam o cotidiano amazônico com um olhar humanista e poético. Seu trabalho é um testemunho visual das identidades sociais e culturais da região.
Leila Jinkings: Fotógrafa e documentarista com forte envolvimento nos movimentos sociais, sua obra é um registro da luta política e cultural da Amazônia e do Brasil.
Nailana Thiely: Dedica-se à documentação de culturas indígenas, ribeirinhas e afrodescendentes, acrescentando um olhar intimista aos retratados, o que valoriza a narrativa.
Nay Jinknss: Com uma abordagem decolonial e social, retrata questões de identidade, feminismo negro e mulheres representativas da cultura amazônica.
Paula Sampaio: Reconhecida por seu trabalho no fotojornalismo e na documentação de comunidades ribeirinhas e quilombolas, retrata a resistência das populações tradicionais, as memórias urbanas de Belém e a exploração ambiental da Amazônia.
Renata Aguiar: Doutora em Artes Visuais, investiga as relações entre corpo, território, performance fotográfica, autobiografia, ritualidade e cultura artística local, além de abordar a representatividade LGBTQIAP+ na Amazônia.
Walda Marques: Mescla fotografia documental e arte conceitual, percorrendo a identidade, a memória e a religiosidade urbana amazônica.
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