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terça-feira, julho 30, 2024

CONFLITOS NA VENEZUELA




A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, convocou nova onda de protestos em Caracas, nesta terça-feira (30), após Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), órgão oficial, declarar vitória do presidente Nicolás Maduro na eleição do último domingo (28).

No Brasil o partido do Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva (PT-Partido dos Trabalhadores), já reconheceu ontem a vitória do Venezuelano Nicolás Maduro. 

Em nota, o PT diz que a legenda saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral e diz que o pleito foi uma jornada democrática e sóbria. 

Fala que o PT seguirá vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa.




CRISE

Em 2019, a Venezuela, em função da crise econômica e humanitária que o país viveu e vive, ganhou um episódio que renovou com força os debates políticos na região. Na época em pleno na crise do coronavírus, o país passou a ter dois presidentes, o eleito e o usurpador.

 Juan Guaidó no dia 23 de janeiro de 2019 se declarou perante o povo venezuelano em Caracas o presidente da Venezuela mesmo com a vitória de Nicolás Maduro em 10 de janeiro de 2019.

Em pleno no ano de 2024 a possibilidade de que isso volte a acontecer é muito grande, haja visto que os perdedores estão inconformados com os ganhadores. Um cenário tipo e vivenciado em 2021 nos Estados Unidos e em 2023 no Brasil. 

E o protagonista da história na Venezuela já foi ator principal da história na eleição presidencial na Venezuela há seis anos atrás.  

A única coisa é que o enredo da história é o mesmo, reeleito para mais um mandato como presidente com 51,22% dos votos válidos, no pleito realizado no domingo. Maduro encontra nos opositores e resistência e pelo que parece Maria Corina Machado quer repetir o feito de 2019, resta saber se candidato presidencial da oposição, Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita) aceitará o desafio que pode significar seu fundo de poço. 


A HISTÓRIA SE REPETE

E também sofrido por Evo Morales, ex-Presidente da Bolívia que ganhou as eleições em 2019, e teve que renunciar à presidência em meio a protestos por suspeita de fraude no resultado das eleições daquele ano. Em 2020, houve uma nova eleição, na qual Luis Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo Morales, obteve uma vitória espetacular com 55,1% dos votos válidos, contra 26,3 pontos de Carlos Mesa, demonstrando assim que o povo desejava realmente o Partido no poder.

Na época dos protestos contra Morales, ele teve que renunciar a presidência em 2019 e viajou (fugiu como diz seus perseguidores) para Cuba, depois obter asilo no México, e em seguida teve a condição de refugiado na Argentina.
Tudo isso aconteceu porque, além de protestos, um relatório preliminar de uma auditoria realizada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) apontou fraudes nas deleções.

E mais uma vez a OEA que ser o julgador da verdade. Segundo informações, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, vai ao Tribunal Penal Internacional pedir prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Dá para confiar?

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