Os eleitores em Mato Grosso, voltam às urnas no dia 26 de abril para escolher o substituto da senadora Selma Arruda (Podemos), cassada sob acusação de prática de caixa 2 durante a campanha eleitoral de 2018, juntamente com seus suplentes. A data foi anunciada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nesta quarta-feira (22).
Os Partidos interessados em participar da disputa pela vaga, terão que definir seus candidatos entre os dias 10 e 12 de março. Período estabelecido para a realização das convenções partidárias.
A nova eleição suplementar para preencher a vaga da Senadora de Mato Grosso no Senado, terá um custo de aproximadamente R$ 9 milhões de Reais. A estimativa do valor tem por base os gastos das eleições municipais de outubro, que custará em torno de R$ 11,5 milhões de Reais para o pleito dos 141 municípios mato-grossense.
Os recursos para a eleição suplementar serão disponibilizados pelo próprio TSE. Porém, a Justiça Eleitoral não descarta cobrar os gastos de Selma Arruda e seus suplentes, já que a Justiça Eleitoral possui um convênio com a Advocacia-Geral da União (AGU) e poderá responsabilizar a mesma pelos custos da eleição suplementar.
Selma Rosane Santos Arruda, que ficou conhecida por sentenciar em Mato Grosso prisões de políticos envolvidos em corrupção, atuava há 22 anos na magistratura no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), na 7.ª Vara Criminal de Cuiabá. E se aposentou em 2018 , mesmo ano em que foi eleita, Senadora pelo estado. Na época ela foi a senadora mais bem votada alcançando o primeiro lugar.
Selma Arruda ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o recurso, a princípio, não suspenderá a decisão do TSE.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), deve dar prosseguimento à cassação da senadora do Mato Grosso, assim que o recesso do Legislativo terminar em fevereiro.