O mosquito Aedes aegypti, que carrega a bactéria Wolbachia, transforma-se em um recurso significativo no combate à dengue no estado de Goiás.
O método inovador para o controle do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre-amarela, consiste na infecção do mosquito portador da doença pela bactéria Wolbachia ainda em estágio de desenvolvimento.
Para tal, é necessário introduzir a bactéria nos ovos do mosquito em um ambiente laboratorial, resultando na geração de Aedes aegypti que contêm o microrganismo destinado a combater a proliferação de novos mosquitos causadores de enfermidades, impedindo, assim, a propagação desses patógenos para os seres humanos.
O êxito do projeto consiste na seguinte maneira: as fêmeas do Aedes aegypti que possuem a bactéria, transmitem naturalmente a Wolbachia para a prole.
Caso a mosquito fêmea não possua a bactéria, mas seja fertilizada por um macho portador da Wolbachia, ela se tornará estéril, impossibilitando a geração de novos mosquitos a partir de seus ovos.
A estratégia, que já foi empregada em 14 nações, tornou-se inovadora no Brasil devido à implementação realizada pelo Ministério da Saúde, visando a erradicação do mosquito nas diversas unidades da federação.
A atuação foi integrando a tecnologia como uma abordagem de política pública com o intuito de reduzir os casos de dengue a médio e longo prazo no país.
No próximo mês, os mosquitos Aedes, portadores da bactéria Wolbachia, serão utilizados nos municípios de Valparaíso e Luziânia, que pertencem ao estado de Goiás, no entorno do Distrito Federal.
As localidades foram selecionadas para a implementação do método devido ao histórico de casos elevado de doença da dengue que vem crescendo nessas regiões administrativas.
A iniciativa é realizada pela Fiocruz, em parceria com o Ministério da Saúde, e sua execução está a cargo da Wolbito do Brasil, a qual é a empresa que administra a maior biofábrica de Wolbachia do mundo.
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