Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a enchente que devastou o estado em maio deixou quase três milhões de hectares de terras do Rio Grande do Sul improdutivas.
A enxurrada levou parte dos nutrientes necessários para o plantio deixando a terra sem fertilidade, tornando necessário um plano de recuperação do solo que pode durar por um longo tempo.
Conforme análise da Emater o assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Integração Gaúcha em Eldorado do Sul, região metropolitana de Porto Alegre o solo se mantém preservado mesmo após enchentes mesmo após ficar 100% submersa e que a produção foi retomada a menos de três meses depois do desastre.
O Assentamento Integração Gaúcha foi criado na década de 90 por famílias de várias regiões do estado, que se apossaram de terras abandonadas do Instituto Rio Grandense do Arroz. O local era um campo vazio, com árvores esparsas, onde foram instaladas as primeiras lonas pretas dos agricultores sem terra.
O Assentamento abrigava 64 famílias que após trinta e três anos de integração na terra, transformou-se em uma das principais regiões de produção de arroz agroecológico e sede de uma agroindústria que ocupa um galpão de 165 m², além da produção de leite e de mais de 100 variedades de hortaliças.
O MST, após uma década de assentamento em todo o país, tem realizado conversas com ministros do governo e com o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar avançar na pauta agrária no Brasil.
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