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segunda-feira, setembro 16, 2024

A CADEIRA DO DEBATE


Site - Aquiles Emir

Dados do Observatório da Violência Política e Eleitoral no Brasil, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) com a aproximação do período eleitoral eleva a violência política. Entre abril e junho, em relação ao trimestre anterior, houve 128 registros de ocorrências contra lideranças políticas, dos quais  17,2% foram homicídios.

As ameaças permanecem como a categoria mais recorrente. Em seguida, aparecem as agressões, com 42 ocorrências (32,8%), 22 homicídios (17,2%), 11 atentados (8,6%), três homicídios de familiares (2,3%) e três sequestros (2,3%).

Ontem em Bagé, município do Rio Grande do Sul, um comício do candidato a prefeito Luiz Fernando Mainardi (PT), foi interrompido por tiros. Isso porque um homem teria invadido o evento e disparado contra o público, fugindo logo em seguida. Segundo autoridades ninguém ficou ferido e nem foi preso.


DATENA O GRANDE AGRESSOR

E em São Paulo, um dos maiores e mais cobiçados colégios eleitorais do país, abriga uma eleição que ganha contornos de ser o mais violento entre candidatos. Isso ficou provado ao nível nacional pela TV Cultura ontem.

O debate organizado pela emissora chamou a atenção dos telespectadores no Brasil.  Durante o debate com os candidatos à Prefeitura do estado paulista no último dia 15, virou um grande atrativo de audiência, isso porque o concorrente, o apresentador de Televisão José Luiz Datena (PSDB) foi expulso do programa da TV Cultura, organizadora do debate, por agredir um dos adversários, o opositor Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada.

Marçal deixou o programa e foi levado ao Hospital Sírio-Libanês para receber atendimento médico e na madrugada desta 2ª feira anunciou que teve algumas fraturas após ser agredido de surpresa pelo seu adversário com uma cadeira.  

 O candidato Pablo Marçal usou as redes sociais para dizer que se sente comparado aos ex-presidentes Jair Bolsonaro facada sofrida pelo então candidato Jair Bolsonaro em 2018. e Donald Trump que sofreu atentado um atentado durante um comício na Pensilvânia (EUA) em um evento de campanha este ano. 

O que era para ter como destaque de proposta eleitoral como destaque, torno uma cadeira o centro das assentações. 

Usar a cadeira para fazer campanha não é um bom negócio para quem não tem proposta para apresentar. Datena e Marçal deveriam ficarem fora das eleições de 2024, é o que pensa o eleitorado de bom senso. Um por agredir o outro com um objeto que traz perigo a vida de alguém e o outro por criticar, falar, chamar adversários no que diz respeito a particularidades que não fazem parte das eleições, principalmente levantando dúvidas de reputação ou caráter de alguém.

Em levantamento feito pelas organizações sociais de direitos humanos Terra de Direitos e Justiça Global, a violência contra a vida de representantes de cargos eletivos, candidatos ou pré-candidatos tem aumentado significativamente nos últimos quatro anos.

O período analisado foi entre 2021 e 2022, o estudo também aponta que a cada 5 dias ocorre um assassinato ou atentado à vida por violência política e eleitoral no Brasil. São Paulo (24), Rio de Janeiro (22) e Bahia (20) são os estados com maior número de assassinatos e atentados, seguidos por Pará(14) Pernambuco (08) e Paraíba (07).

O que devia ser o fim está apenas no começo. O que os candidatos têm feito nos 4 cantos do mundo, é semear intrigas e discórdia no meio da população, isso acontece nos Estados Unidos, Argentina entre outros países, um dos maiores objetivos é se tornarem vitimas e ganharem a compaixão do eleitorado.




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