O Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, no estado do Mato Grosso, representa um risco para o país, isso é que se entendeu após relatório realizado no final do ano passado pela Prefeitura da região em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Localizada na MT-251, Rodovia Emanuel Pinheiro, o Portão do Inferno, está a 65 km da capital mato-grossense, no observatório foi apontado vários fragmentos de rachaduras e quedas de rochas na região.
Isso porque as pedras que estão caindo são formadas pela consolidação dos fragmentos de outras rochas.
Em 2024, mais precisamente no dia 11 de dezembro, a região do Portão do Inferno registrou dois desmoronamentos de rochas em menos de 24 horas devido a rachaduras e fraturas geológicas e, consequentemente, ressecam e quebram com mais facilidade durante períodos de estiagem.
E de lá para cá, mas queda de pequenos blocos em um curto período foram registrados e pode indicar que maiores desmoronamentos estão por vir.
O governo local quer iniciar o desmonte de parte do paredão do Parque da Chapada dos Guimarães, isso após uma vistoria feita entre os km 42 e 48 da rodovia, no dia 12 de outubro, mas só foi divulgada recentemente.
A queda de blocos rochosos na estrada, ou em outros locais, são a demonstração do processo natural de recuo destes paredões. Isso significa que daqui a alguns milhares ou milhões de anos, a escarpa estará ainda mais recuada e o relevo será bem diferente do que é hoje.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis — Ibama, concedeu licença para que o estado de Mato Grosso derrube parte do paredão na região conhecida como Portão do Inferno.
A autorização para as obras foi celebrada como uma vitória contra os órgãos federais de meio ambiente, após tentativas de estadualizar a unidade de conservação e abocanhar, sem sucesso, os serviços de concessão no parque.
Segundo informações do processo, as obras causarão a interrupção total do tráfego no interior do parque nacional das 7h30 às 16h30, de segunda a sexta, por pelo menos 4 meses.
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