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quinta-feira, agosto 14, 2025

SÃO FRANCISCO A ARTÉRIA DO BRASIL

A distância do ponto de origem do Velho Chico até sua junção com o oceano é de dois mil setecentos quilômetros.


Desde sua nascente até seu encontro com o oceano, o rio São Francisco atravessa sete estados brasileiros. Seu percurso simboliza a veia arterial que percorre o Brasil, transportando ao longo do seu trajeto a essência da região por onde quer que flua.

A origem histórica e geográfica das águas começa na Serra da Canastra, localizada em São Roque de Mina, distante aproximadamente a 320 quilômetros da capital mineira Belo Horizonte. É justamente em São Roque de Mina que se encontra uma caixa d'água elevada, cuja altitude atinge 1.300 metros em relação ao nível do mar, caracterizando-se como o divisor natural da bacia hidrográfica dos rios São Francisco do Paraná.

A Serra da Canastra, popularmente chamada de “fábrica de águas”, não somente abastece o Rio São Francisco, como também fornece água para o Nordeste brasileiro. Da mesma forma, é responsável pelo surgimento de nascentes que alimentam outros rios, os quais, abastecem a região Sul do Brasil. A foz do Rio São Francisco localiza-se na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe, mais precisamente entre as cidades de Piaçabuçu (AL) e Brejo Grande (SE).


É nesse local que o “Velho Chico” se conecta ao Oceano Atlântico, formando um delta com vistas deslumbrantes e uma rica biodiversidade. A extensão entre o ponto inicial do Rio São Francisco e sua junção com o oceano é de dois mil e setecentos quilômetros.

Contudo, esse rio não apenas surge e deságua, mas também figura como um importante provedor de água para os habitantes brasileiros que habitam a região Nordeste do Brasil.

Converter essa esplêndida formação natural em um dos principais provedores de água para a população brasileira constitui uma proposta que remonta ao período do reinado de Dom Pedro II, quando, em 1847, essa alternativa já era considerada como a solução definitiva para a seca na região Nordestina. Mas, foi em 2005, que o presidente da época deu início as análises das proposta. Em 2007, o Exército Brasileiro inicia a construção. O projeto inicial previa a conclusão de tudo em 2012, no entanto, os atrasos transformaram esse sonho em uma dança até 2022, com algumas partes ainda persistindo até o presente. A reviravolta do rio São Francisco em 2025 promete ser um espetáculo, com a entrada em cena de uma aliança entre o público e o privado, como um casamento às avessas. Essa união pretende trazer mais agilidade e proteção na hora de espalhar água pelo calor nordestino, como se fossem chuvas de bênçãos para a região. Além do mais, estão em plena atividade obras de expansão e sistemas adicionais, tudo para trazer vantagens a um maior número de cidades e cidadãos desse cantinho do mapa. A obra do desvio das águas do rio São Francisco arrasta-se há aproximadamente duas décadas. Atualmente, o processo de transposição está quase concluído, já que a maior parte das obras já foram entregues. O plano abrange dois eixos centrais: o Norte e o Leste, além de algumas ramificações que dão aquele toque extra. Em meio a tropeços e percalços, a transposição surge como uma estrela brilhante no céu da evolução do Nordeste.

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