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quarta-feira, outubro 13, 2010

CASAMENTO GAY


 Anne Flores, de 31 anos, e Kédma Costa, de 33 anos, se casaram numa cerimônia realizada, no Clube Monte Líbano, na Lagoa. O evento foi promovido pela Igreja Cristã Contemporânea. A denominação evangélica é mais liberal e recebe fiéis da comunidade LGBT — sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Como a união de pessoas do mesmo sexo não é reconhecida legalmente no Brasil, as noivas assinaram um contrato de união homoafetiva.




           Antes do casamento, um culto celebrou os quatro anos da igreja. Caravanas com fiéis vindas de Minas, São Paulo e do interior do Rio lotaram o clube. Anne e Kédma subiram ao palco durante o culto para cantar músicas religiosas. As duas se conheceram numa igreja evangélica no Mato Grosso do Sul, onde nasceram, e chegaram até a igreja fundada pelos pastores Marcos Gladstone e Fábio Inácio, que também são casados. Segundo eles, já são pelo menos 800 fiéis nas quatro sedes Igreja Cristã Contemporânea: Campo Grande, Centro, Nova Iguaçu e Belo Horizonte.

As noivas Anne e Kédma, junas há sete anos, dizem: há um ano, os pastores Marcos e Fábio celebraram o casamento deles e nós fomos madrinhas. Não esperava casar tão rápido assim. Estamos estudando juntas Teologia, temos o objetivo de se tornarmos pastoras.

         As duas subiram ao altar vestidas de noiva e ao som da marcha nupcial. Anne comentou a importância da data: estamos comemorando nossa comunhão e nossa aliança de amor, finaliza.
      

SANGUESSUGA



O Ministério Público Federal no DF (MPF/DF) ajuizou, em agosto deste ano, uma ação de improbidade administrativa contra o ex-deputado federal Jorge Pinheiro e os empresários, Luiz Antônio Vedoin e Ronildo Medeiros por envolvimento na máfia dos sanguessugas.
 Os três acusados faziam parte do esquema de fraude a licitações na área de saúde desbaratado em 2006 durante a Operação Sanguessuga.





      Dessa vez, eles vão responder pelo desvio de mais de R$ 260 mil destinados à aquisição de ambulâncias e equipamentos hospitalares nos municípios goianos de Água Fria de Goiás, Formosa e Padre Bernardo. Em caso de condenação pela Justiça, os acusados terão de devolver aos cofres públicos o valor recebido pelas empresas, atualizado e corrigido. 

Os envolvidos também podem sofrer sanções como suspensão dos direitos políticos, perda do cargo, proibição de contratar com o Poder Público e pagamento de multa.
      O caso será analisado pela Vara Única da Subseção Judiciária de Luziânia–GO, área de atuação da Procuradoria da República no Distrito Federal.

Esquema

      A quadrilha, composta por empresários, agentes públicos e políticos, agia articuladamente para que empresas ligadas ao grupo Planam, de propriedade de Vedoin e Medeiros, ganhassem licitações superfaturadas, realizadas com recursos liberados por meio de emendas orçamentárias apresentadas por parlamentares cúmplices do esquema.

      No caso dos municípios goianos, a fraude aconteceu em 2003 e contou com a ajuda do ex deputado federal Jorge Pinheiro, que teria recebido em troca cerca de R$ 90 mil reais. Em depoimento, Vedoin e Medeiros afirmaram que parte do dinheiro foi paga em espécie, diretamente ao ex-parlamentar.

      O restante foi depositado na conta de um assessor, utilizado como laranja no esquema. Segundo as investigações, entre 2000 e 2005, Pinheiro apresentou emendas que beneficiaram a quadrilha no valor de mais R$ 2,3 milhões.

       Duas empresas de fachada ligadas ao grupo Planam (Klass Comércio e Representação Ltda. e Enir Rodrigues de Jesus, venceram as licitações para aquisição de veículos e equipamentos hospitalares nos municípios de Água Fria, Formosa e Padre Bernado. 

Elas receberam cerca de R$ 88 mil de cada prefeitura. A eventual participação de agentes públicos municipais nas fraudes continua sendo investigada.